terça-feira, 18 de maio de 2010

Cocaína


Meu sangue está pulsando forte em minhas veias
Não consigo entender o que está acontecendo
Estou morrendo? Não
É apenas a adrenalina da cocaína que eu cheirei
Minhas mãos tremem, meu coração acelera
Passa a garota mais bela do meu lado
e me convida pra fugir, é um sonho?
Não, é alucinação originada pelo meu cérebro louco
dos neurônios queimados, que não funcionam mais
E não cabe mais a mim ter a certeza de que estou bem
Meu corpo sabe que está morrendo aos poucos
Mas meu cérebro não admite
Meu coração nem insiste, já está cansado de saber
Que a minha morte está decretada
O meu fim, na verdade já aconteceu
Mas no meio da escuridão eu não quero ir
Mesmo sabendo que é ruim, quero ficar aqui
Na verdade, não é mais pelo querer
Eu sei que estou preso
E nem "Ela" pode me tirar daqui
Bem que eu queria beijá-la e dizer que o meu amor por ela
supera tudo e que por ela movo montanhas
Mas nunca foi assim, eu sei que a amo
Mas não adianta, estou preso
Sinto muito, preciso acabar tudo
Ela não merece viver assim, é inteligente
Tem um futuro brilhante, é um mulherão da cabeça aos pés
e também de coração, sua alma é transparente
Não merece um meliante, comandando sua vida
Ela tem uma vida inteira, eu...
não tenho nada, meu destino
é cheirar, fumar, beber, cair até morrer
Escolhi isso, ninguém pode me impedir, mudar
Quero ser assim, mesmo cavando minha própria cova
e decorando meu velório
Só não desejo o mesmo aos outros
É triste saber que vai morrer cedo, e não poder impedir
É horrível saber que vai deixar tudo o que ama pra trás
e jamais poderá voltar
e mais ainda, saber que está caminhando na direção da morte
E só saber andar pra frente
Não se importando com o que ficou pra trás.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ela e o Rock

O rock envenenado nas veias de uma pequena
Moça simples, estilo diferente
Pica seu cabelo, se veste de preto
Acredita nos pensamentos ao vento
Se sente sozinha, e tem medo de morrer
Mas quer se matar, pois tem medo de sofrer
Viver é difícil pra ela, música é a solução
As melodias ouvidas a fazem sair do chão.
O som da guitarra é unserdecedor
Mas a faz sentir paz
O som do violão nem se ouve mais.
Mas ao mesmo tempo ela quer ouvir, sentir, dançar.
Quer encontrar a solução de um mundo sem paz
Quer ser feliz num lugar que ela acha divertido
Pode pular, gritar, pode sentir a sua dor
Sem machucar os outros que a querem bem
Rock pra ela é religião
dorme ouvindo um belo som, acorda com fones de ouvido
Sem roupa, com o cabelo desajeitado
Com fome, querendo um café passado
Foge da sua rotina, faz a sua própra vida.
Com uma nova melodia, pensando em fugir
Pra onde os pés a levarem, pra onde a música a levar
Pois sua vida é ouvir, os outros a cantar
Então cantar é a solução é a sua paz
Vamos fugir pra uma nota musical
Acabar com os problemas e viver sempre vendados
Com ou sem planos planejados
O fim é o começo, de uma vida sem lamentos
Com o rock ao seu lado.

Destino.


Acordo com um suor gelado
Me deparo com um homem decepado
Escorrendo sangue, no seu grande buraco
Mas me chamou atenção, ele não tinha uma das mãos
No lugar do seu coração estava uma pedra
Tinha algo embrulhado, um bilhete talvez
Mas não dava para ler, estava ensopado de sangue
No seu peito, o nome da gangue que fez sua fama crescer
Era procurado, foragido, e a tantos meios sem saída
Se embrenhou mais ainda, num deserto sem fim
Ele, apesar da dor, não queria mudar
Queria só saber de matar, acabar com seus inimigos
Mas ele nem sabiam quem eram.
Ou melhor, sabia sim
Eram todos, menos eu.
Ele viveu sozinho, com "amigos" que o apunhalavam
Mas ninguém o desafiava, era bom no facão
Fazia qualquer um cair no chão e pedir perdão
Foi um dia então, que enfurecido
Um homem, com sua machesa posta a prova
Pegou o dito cujo, e o matou na judiação
Era a vez dele pedir perdão, comer o pão que o diabo amassou
Cair de joelhos, implorando, pedindo ajuda
Por tudo o que fez aos outros
Pois quem não tem amigos morre triste e sozinho
E esse infeliz, morreu ao meu lado e nem era o meu amado
O meu querido, fez uma surpresa pra mim
O deixou com um buraco no coração, igual o que fez em mim.
Da sua mão, a aliança tirou, me devolveu, era do meu pai
Que o desgraçado também matou
A sua cabeça empalhou, como um enfeite.
Tenho na sala de estar, quem entra pode olhar
aquela cara assustada pedindo pra acabar com a tortura
física que o meu amor quis lhe causar
E a pedra que continha um bilhete, dizia assim:
- O coração eu enterrei, pois, nada vai acabar com nosso amor, acabei com a ferida, ela vai apodrecer, você vai esquecer, se curar e vai viver o conto de fadas que ele não soube lhe dar.
Só desculpe-me, esqueci de drenar o sangue, para você ler o bilhete.
Não chore, ele não vai voltar.

domingo, 2 de maio de 2010

Anjo de Prata!



Entre o sangue e a dor corrente
Minha pele de branca pálida, fica quente
Num vermelho ardente
O que aconteceu?
Não sei explicar, algo me atingiu
De uma forma inesplicável, a dor insuportável
O sangue vermelho, encontra meu rosto
Meus olhos estão abertos, eu sinto
Mas bem no fim, tudo está escuro
Não ouço o que dizem
Mas sei que dizem algo
Talvez de mim, talvez do meu ferimento
Ora meu sofrimento
Eu grito alto, peço ajuda
Mas onde está a minha voz?
Não a ouço mais
Mas tanto faz
Sinto que estou morrendo
Alguém me carrega no colo,
para um lugar onde eu não sei
Longe do tumulto, ainda ouço vozes,
longe, longe
Sinto uma ardência em minhas veias
Acho que estão me ingetando algo
Não sei o que é, mas está me dando uma sensação boa
Não sinto mais dor
No escuro dos meus olhos, enxergo uma luz
Tento alcançá-la
Mas está longe também.
Por que está tão difícil alcançar?
Derepente apaguei, sumi de mim
Não sabia onde estava
Tinham deixado meu cérebro off
Quando acordei, não conseguia me mexer
Não sabia onde estava
E nem para onde eu ia
Estava completamente sozinha
Será que morri?
Tentei falar, novamente não consegui
Foi quando um anjo apareceu na minha frente
Senti meu corpo dormente
E então descobri, que aquele era
O meu anjo de prata!
O mero salvador da minha alma