sábado, 25 de setembro de 2010

O meu inferno pessoal


O seu sorriso não ilumina mais minha vida
Você passa e esquece os dias
Nas noites, se perde em pensamentos sombrios
Acabando com minha esperança de viver
Quero que o mundo acabe e desabe sobre tua cabeça
Não queira saber meu nome
Pois eu quero esquecer o teu
Se respiro, sinto seu cheiro
Se fecho os olhos, vejo você
Ah, sonhar é bom e é irônico
Você é igual ao homem que desdenhei
E como posso amar se não gostei?
Mas o tempo mudou, meu coração parou
Me internem, devo estar louca
Eu sinceramente não queria estar assim
Mas afinal de contas, quem manda em mim?
Eu nem sei se tenho nome
Tenho uma vida mais ou menos, talvez
Ou nem viver decentemente vivo
Se pensei em ser tua esqueça!
Você quebra parte da minha cabeça
Subo em falsos muros de cimento
E despenco, você nunca me segura
Vira o rosto, não procura
Não sou simplesmente mais uma
Mas te peço, por favor
Sorria mais uma vez antes de ir embora
E seguir rumo mundo afora


Quando o coração fala

Na verdade eu queria dizer tantas coisas
Mas não sei o que falar
Então beije a minha boca
Até faltar o ar
E vai sentir tudo o que eu queria te dizer
Vai lembrar de coisas que queria esquecer
Mas vai sorrir, quando acabar
E pedir mais uma vez, para eu te amar
Vai suspirar e sussurrar
Que apesar dos pesares ao meu lado vai ficar
Vou te cuidar e jamais deixarei você sozinho
Tudo vai passar, o momento ruim vai acabar
E o mundo voltará ao normal.
Vamos caminhar de mãos dadas
Para o futuro que vai nos levar
Diante da felicidade do amor
E assim, com um beijo
Que ainda não foi roubado de mim
Descobri que o que falta é você aqui
Então veja o que te espera
E viva esse amor
Pra sempre quem sabe
Ou até que o mundo acabe
Eu vou te esperar aqui
Não vá embora, sonhar não é a mesma coisa
Então eu vou fechar os olhos nesse instante
E imaginar a mesma coisa que você
O beijo roubado, que nunca foi dado
No momento exato
Meu caro.

sábado, 18 de setembro de 2010

O mundo que não faz parte de mim


 Às vezes somos novos velhos, queremos viver, mas vivemos trancafiados. Talvez por nossa própria vontade. Talvez por não ter descoberto o mundo ainda. Vivemos de maneira retrógrada, não vemos futuro no amanhã. Só nos preocupamos com o ontem. Mas que valor isso tem?
Me pergunto todo dia, se posso fugir, me esconder de mim mesmo e talvez chamar alegremente pela morte. Eu queria ter coragem, mas sou uma fracassada. Talvez não faço parte desse mundo, quem sabe um dia alguém me tire daqui. Sonho com isso, leio livros de romance pra acreditar que ainda existem príncipes encantados.
Não sou a mocinha inocente, que espera por um príncipe que venha de cavalo branco, penso em tudo que quero e quero mais do que isso. Mas, confesso, todas as mulheres que dizem isso querem profundamente que isto aconteça.
Sonhos são quase inatingíveis, não consigo alcançá-los, me canso, paro e nunca ninguém veio me salvar. Toda vez que caí, levantei sozinha, eu pedia ajuda silenciosamente mas ninguém me ouvia. Quem sabe é melhor isso acontecer, criei forças e hoje sou assim. Se bem que não é tão bom assim, me sinto perdida, fora de sintonia, não sei explicar em palavras. Sou uma nova velha, vivo em casa, lendo livros e tomando chás ou cafés. Leio jornal, não olho tv, a única diferença é que gosto de tecnologias (algumas).
Me sinto diferente dessa massa de adolescentes que tomou conta do mundo, pareço com pessoas mais antigas, pressinto isso, porque não conheci nenhuma.
Gosto de ouvir música e escrever, vou incluir o gostar de cantar (debaixo do chuveiro é claro), mas deixo claro nunca fui boa nisso. Algo que eu amo imensamente é dançar, mesmo que isso me traga dor muscular ou outras consequências, é um dos únicos momentos em que me sinto completa. Pois, finalmente achei algo que me faça bem de verdade.
Ah, a propósito esqueci de me apresentar, me chamo Tayana e tenho 17 anos.  Não gosto de estudar, mas sempre estudo. Quase nunca saio de casa e sempre estou fora de sintonia. Nunca me apaixonei por nenhuma pessoa, já amei várias, estou sempre amando-as, mas paixão é diferente. Paixão eu tenho pela dança. Talvez a maior delas seja pelo ballet, que hoje não faz mais parte da minha vida.
Eu prevejo meu futuro sendo uma velha sedentária, que por fracassar mais uma vez, vai deixar sua paixão (dança) pelo dinheiro, por uma vida melhor e se acomodar. Até prevejo que vou morrer sozinha, lendo um livro, pois não vou ter ninguém do meu lado.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O Homem que derrotou barreiras...



Sempre teimoso, agitado, brincalhão

Sincero, egocêntrico, carinhoso
Querido, amoroso
Foi assim que o defini
Desde o dia em que o conheci

Faz tanto tempo, que mal me lembro
Colega de aula, amigo do peito
Futebol sempre foi o seu presente
Sonhava em ser jogador
Mas o destino o mudou

Já não era mais o mesmo
Andava cansado, pálido, doente
Me fez sofrer intensamente
Sua doença traiçoeira me cavou um buraco no peito
E nos deixou loucos de tanto sofrimento

Eu, não sabia mais o que fazer
Senti meu coração desabar
Os seus pais, nem se fala
O seu irmão quase adoeceu também
Mas todos souberam ser fortes
Nunca o abandonaram, sempre o apoiaram

Ele sofreu tanto, mas está melhor
Se recuperando do pior
Seus amigos verdadeiros estão sempre por perto
Talvez, eu não tenha ficado tão perto quanto deveria
Mas meu coração não deixou, minha base emocional desabou
E por tempos sofri calada por esse amigo
Que o tempo quase me tomou.

Esse homem que é apenas um menino
Amadureceu, se revelou alguém melhor do que era
Lutou e ainda luta pela vida
Sabe o valor dela
Tem seus sonhos e vive-os
A cada momento que a vida lhe proporciona
Nada pode o vencer, ele é meu Super-Heroi
Que tem palavras firmes, bases sólidas
Só peço a Deus que nunca o deixe partir antes de mim
Jamais pude aguentar essa ideia
Quero ter ¼ de vida a menos pra jamais deixar isto acontecer
Quero um dia poder dizer, num belo entardecer
Que o amo e que jamais tema a vida
Pois eu estou junto dele para enfrentarmos “as peças”
Que a vida pode pregar, num ser inocente
Inconsequente, quero dizer
Que sou sua amiga pra sempre.


* Poema dedicado ao meu amigo Felipe, que passou nesses últimos tempos, dias difíceis devido a uma doença que o tempo trouxe: a leucemia. Mas, quero deixar anexado aqui meu verdadeiro orgulho e admiração por ele, que em momento algum dessa etapa difícil da vida deixou de lutar, pelo contrário, lutou intensamente vencendo várias barreiras. E também quero dizer que amigos também dizem "eu te amo". Eu amo especialmente você Felipe, parabéns pela sua luta!

domingo, 22 de agosto de 2010

O que eu sou pra ti


Não é fácil ser como sou, nem peço que seja.
Esqueça o porquê eu teimo em existir
É, na verdade, eu existo por medo de me perder
Então, deixe-me viver
Eu queria poder te sentir, te ter
Mas meus olhos quando encontram os seus
Teimam em fugir
Mas meu corpo quer ficar, junto de ti
Quando o luar invadir seus sonhos
Eu vou estar lá
Querendo destruir a própria barreira do seu coração
Esquecendo que jamais te pedi perdão
Por não ter dito que te amava
Ou por não ter te roubado pra mim
Na hora mais errada
Os verdes do mundo
Construíram o seu olhar
Quão lindo são meus sonhos, ao te amar
Sempre estou tão perto de ti
Mas não posso te tocar
e é nesses momentos
que a lástima de uma vida
escorre por entre os olhos
da sua amada, que não soube te roubar.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

O enfeite na estante.

O meu quarto sempre foi extremamente organizado, nunca gostei de bagunça ou de objetos fora do lugar. Desde criança sempre deixei meus ursinhos sentados em minha cama por ordem de tamanho. Era perfeccionista, chegava até ser chata com meus amiguinhos, às vezes.


Por outro lado, tinha uma caixa enorme de brinquedos, os que eu considerava “lixo” e não deixava de jeito nenhum serem posto no meu quarto, apenas aqueles poderiam ser usados para brincar.

Toda tarde reunia meus melhores 4 amigos, Paola, Camila, Tânia e Tiago, eles brincavam comigo e não se chateavam por eu sempre escolher a brincadeira, os brinquedos, o que a gente iria fazer e o que iríamos falar. Quem sabe era por isso que eu os considerava melhores amigos.

Certo dia, eu briguei com Tânia, mas não era uma simples discussão, aquela foi uma briga de verdade, isso nunca tinha acontecido com nenhum deles. Ela quis brincar com “a boneca proibida”. Minha bailarina que ficava sempre na estante do meu quarto, de exposição, toda perfeita, com uma sapatilha vermelha sangue, combinando com seu vestido maravilhoso no seu corpo escultural.

Seus olhos eram de um castanho escuro profundo, parecia que ela estava sempre me olhando, me cuidando. Sua pele era branca, pálida, igual a minha. Apesar de muito admirá-la, sentia um enorme medo da minha doce bailarina.

Depois de ter brigado com Tânia, expulsei-a da minha casa, peguei minha bailarina e a coloquei no lugar de sempre. Tânia realmente ficou brava comigo, disse que jamais voltaria na minha casa.

Depois de ter passado essa confusão toda, continuei brincando normalmente, meu dia foi igual a todos os outros.

No outro dia, quando acordei vi que algo no meu quarto estava diferente, tinha uma boneca com uma pele morena, cabelo escuro. Ela estava do lado da minha bailarina perfeita. Fiquei assustada quando vi aquela nova boneca na minha estante, mas depois comecei a observá-la melhor, seu rosto não era doce nem delicado, tinha uma expressão de medo, como se algo a tivesse congelado num momento de susto, de pavor. Um arrepio percorreu meu corpo inteiro, senti algo diferente, um medo incontrolável.

Olhei para o lado e tive uma estranha sensação, minha bailarina perfeita estava sorrindo pra mim.

Tânia jamais voltou na minha casa.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Cocaína


Meu sangue está pulsando forte em minhas veias
Não consigo entender o que está acontecendo
Estou morrendo? Não
É apenas a adrenalina da cocaína que eu cheirei
Minhas mãos tremem, meu coração acelera
Passa a garota mais bela do meu lado
e me convida pra fugir, é um sonho?
Não, é alucinação originada pelo meu cérebro louco
dos neurônios queimados, que não funcionam mais
E não cabe mais a mim ter a certeza de que estou bem
Meu corpo sabe que está morrendo aos poucos
Mas meu cérebro não admite
Meu coração nem insiste, já está cansado de saber
Que a minha morte está decretada
O meu fim, na verdade já aconteceu
Mas no meio da escuridão eu não quero ir
Mesmo sabendo que é ruim, quero ficar aqui
Na verdade, não é mais pelo querer
Eu sei que estou preso
E nem "Ela" pode me tirar daqui
Bem que eu queria beijá-la e dizer que o meu amor por ela
supera tudo e que por ela movo montanhas
Mas nunca foi assim, eu sei que a amo
Mas não adianta, estou preso
Sinto muito, preciso acabar tudo
Ela não merece viver assim, é inteligente
Tem um futuro brilhante, é um mulherão da cabeça aos pés
e também de coração, sua alma é transparente
Não merece um meliante, comandando sua vida
Ela tem uma vida inteira, eu...
não tenho nada, meu destino
é cheirar, fumar, beber, cair até morrer
Escolhi isso, ninguém pode me impedir, mudar
Quero ser assim, mesmo cavando minha própria cova
e decorando meu velório
Só não desejo o mesmo aos outros
É triste saber que vai morrer cedo, e não poder impedir
É horrível saber que vai deixar tudo o que ama pra trás
e jamais poderá voltar
e mais ainda, saber que está caminhando na direção da morte
E só saber andar pra frente
Não se importando com o que ficou pra trás.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ela e o Rock

O rock envenenado nas veias de uma pequena
Moça simples, estilo diferente
Pica seu cabelo, se veste de preto
Acredita nos pensamentos ao vento
Se sente sozinha, e tem medo de morrer
Mas quer se matar, pois tem medo de sofrer
Viver é difícil pra ela, música é a solução
As melodias ouvidas a fazem sair do chão.
O som da guitarra é unserdecedor
Mas a faz sentir paz
O som do violão nem se ouve mais.
Mas ao mesmo tempo ela quer ouvir, sentir, dançar.
Quer encontrar a solução de um mundo sem paz
Quer ser feliz num lugar que ela acha divertido
Pode pular, gritar, pode sentir a sua dor
Sem machucar os outros que a querem bem
Rock pra ela é religião
dorme ouvindo um belo som, acorda com fones de ouvido
Sem roupa, com o cabelo desajeitado
Com fome, querendo um café passado
Foge da sua rotina, faz a sua própra vida.
Com uma nova melodia, pensando em fugir
Pra onde os pés a levarem, pra onde a música a levar
Pois sua vida é ouvir, os outros a cantar
Então cantar é a solução é a sua paz
Vamos fugir pra uma nota musical
Acabar com os problemas e viver sempre vendados
Com ou sem planos planejados
O fim é o começo, de uma vida sem lamentos
Com o rock ao seu lado.

Destino.


Acordo com um suor gelado
Me deparo com um homem decepado
Escorrendo sangue, no seu grande buraco
Mas me chamou atenção, ele não tinha uma das mãos
No lugar do seu coração estava uma pedra
Tinha algo embrulhado, um bilhete talvez
Mas não dava para ler, estava ensopado de sangue
No seu peito, o nome da gangue que fez sua fama crescer
Era procurado, foragido, e a tantos meios sem saída
Se embrenhou mais ainda, num deserto sem fim
Ele, apesar da dor, não queria mudar
Queria só saber de matar, acabar com seus inimigos
Mas ele nem sabiam quem eram.
Ou melhor, sabia sim
Eram todos, menos eu.
Ele viveu sozinho, com "amigos" que o apunhalavam
Mas ninguém o desafiava, era bom no facão
Fazia qualquer um cair no chão e pedir perdão
Foi um dia então, que enfurecido
Um homem, com sua machesa posta a prova
Pegou o dito cujo, e o matou na judiação
Era a vez dele pedir perdão, comer o pão que o diabo amassou
Cair de joelhos, implorando, pedindo ajuda
Por tudo o que fez aos outros
Pois quem não tem amigos morre triste e sozinho
E esse infeliz, morreu ao meu lado e nem era o meu amado
O meu querido, fez uma surpresa pra mim
O deixou com um buraco no coração, igual o que fez em mim.
Da sua mão, a aliança tirou, me devolveu, era do meu pai
Que o desgraçado também matou
A sua cabeça empalhou, como um enfeite.
Tenho na sala de estar, quem entra pode olhar
aquela cara assustada pedindo pra acabar com a tortura
física que o meu amor quis lhe causar
E a pedra que continha um bilhete, dizia assim:
- O coração eu enterrei, pois, nada vai acabar com nosso amor, acabei com a ferida, ela vai apodrecer, você vai esquecer, se curar e vai viver o conto de fadas que ele não soube lhe dar.
Só desculpe-me, esqueci de drenar o sangue, para você ler o bilhete.
Não chore, ele não vai voltar.

domingo, 2 de maio de 2010

Anjo de Prata!



Entre o sangue e a dor corrente
Minha pele de branca pálida, fica quente
Num vermelho ardente
O que aconteceu?
Não sei explicar, algo me atingiu
De uma forma inesplicável, a dor insuportável
O sangue vermelho, encontra meu rosto
Meus olhos estão abertos, eu sinto
Mas bem no fim, tudo está escuro
Não ouço o que dizem
Mas sei que dizem algo
Talvez de mim, talvez do meu ferimento
Ora meu sofrimento
Eu grito alto, peço ajuda
Mas onde está a minha voz?
Não a ouço mais
Mas tanto faz
Sinto que estou morrendo
Alguém me carrega no colo,
para um lugar onde eu não sei
Longe do tumulto, ainda ouço vozes,
longe, longe
Sinto uma ardência em minhas veias
Acho que estão me ingetando algo
Não sei o que é, mas está me dando uma sensação boa
Não sinto mais dor
No escuro dos meus olhos, enxergo uma luz
Tento alcançá-la
Mas está longe também.
Por que está tão difícil alcançar?
Derepente apaguei, sumi de mim
Não sabia onde estava
Tinham deixado meu cérebro off
Quando acordei, não conseguia me mexer
Não sabia onde estava
E nem para onde eu ia
Estava completamente sozinha
Será que morri?
Tentei falar, novamente não consegui
Foi quando um anjo apareceu na minha frente
Senti meu corpo dormente
E então descobri, que aquele era
O meu anjo de prata!
O mero salvador da minha alma

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O fim do mundo




Se tivesse um dia pra escolher quando o mundo iria acabar
Escolheria exatamente hoje, sem pensar
Pois, o mundo agora não importa mais
Pra mim, o dia do fim, tanto faz

Quero ir embora, lavar a minh'alma
Quero ser protegida dos perigos,
mas ao mesmo tempo quero enfrentá-los
Quero derrotá-los, e morrer em paz

Quero morrer sem dor
Não quero choros no meu velório, sempre achei isso patético
Quero morrer como uma heroína, intocável
Inviolável, e é totalmente inaceitável
O secreto escorrer das águas, nas faces daqueles que me amaram

Não sofram, não mereço amor
Nem quero, carregar fardos na hora da morte é o "ó"
Seria melhor se tudo fosse diferente
Vou mudar o meu presente

Preciso acabar com a dor, que às vezes é tão insignificante
Seria melhor se a dor fosse causada pelos outros
Seria bem mais fácil, se a dor não partisse principalmente de mim
Isso acaba com todo meu ser, não quero mais viver!
Ninguém sabe o que é ser assim. ;x

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Insônia




Estou com sono, "acordo" as 5h da manhã
Meu mundo não é mais o mesmo
Mas não é simplesmente uma nova rotina
O tempo tem pressa, e eu também
O futuro me espera
Mas nem por causa dele mudei
Meu corpo não tem mais sustentação
Mal consigo pisar no chão
O meu ego, mutilado, doente
Corre em busca da cura
Do seu grande presente
A insônia me acompanha durante dias
E isso não passa
Jamais passou
O mundo me esqueceu
No meu pequeno casulo protetor
Eu fugi
D'um mundo de dor.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fugir...


Eu quero voar contra o vento
Me esquecer, viver o meu fim
Sem olhar para trás
Trazer o que foi roubado de mim
Meu coração
Sem pena, nem dó
Estou só, sem ninguém
E ninguém às vezes é alguém
Quando meu ego fala mais do que eu
No meu mundo
O fim é desumano
Mas desumano é ficar sem você.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Desculpa?


Sem me entender, eu sigo te machucando
Dói em mim, te fazer sofrer
Mas agora, já nem sei o que fazer
Nem o que pensar
Quero te dizer, que toda noite sonho com você
Mas o meu mundo parece tão distante
Que não chega perto de ti
Me faz sofrer te ver assim
Me perdoa por tudo que eu te fiz?
Prometo não estar aqui, prometo que vai ser feliz
Pois isso terá um fim, eu decidi
Eu não posso te ver mais com uma ferida aberta no peito
Pedindo ajuda, lamento
Eu não quis te magoar
Em momento algum eu quis te fazer mal
Mas teu mal, é ter a mim.

Pra sempre


Me sinto tão só
Mas ao mesmo tempo tão completa
Se você é o que me resta
Eu quero viver eternamente no seu "pra sempre"
Ser seu presente
E morrer ao seu lado
num abraço apertado
Com um beijo roubado
Na porta do céu.

Pensar em você


Pensar em você me faz feliz
Então agora me diz
Por que não estás aqui, se contigo aprendi a viver em paz?
Não tenho certeza do querer
Mas tenho certeza do gostar
Tenho medo de sofrer e até chegar a chorar
Por sentir a sua falta
Que agora ressalta, em um palpitar profundo
Tenho medo de entregar-me
Mas tenho vontade de te beijar
Não sei se te conquistei pelo charme
Ou simplesmente pelo falar
Mas isso não interessa, meu coração tem pressa
De ter você...
Sinto uma angústia, que me sufoca
Por sentir tanto a sua falta
Mas antes de te entregar meu coração
Preciso ter os pés no chão
Você vai me amar?
Mas, comigo você vai ficar?
Por favor, não me faça chorar.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Confusão




Tudo é confuso, a minha vida

Nada posso, tudo penso e quero

Não consigo, insisto

Nada adianta, teimo

Tudo passa

nada fica, tudo vê

Nada esconde, só sinto

Não tem hora, não tem dia

Só sofro, choro

Só consigo viver assim

Nada tem fim!

Ruas

Ruas nuas, desnudas

Ruas desprovidas

Ruas de gente, que viram, giram, somem

Ruas alegres, sorrisos, abraços

Ruas que rodam e carregam a alma da gente

Ruas de passos, cansados, doentes

Ruas do sol, do mar, da terra

Ruas áridas, pálidas

Ruas sonolentas, distintas

Ruas que fazem viver

Ruas que matam sem querer

Ruas que matam por prazer

Ruas tristes

Ruas felizes

Ruas dos atos, autos, planaltos

Ruas dos cataventos

Ruas de transeuntes, de noites, madrugadas sem fim

Ruas dos prazeres, dos louvores, dos clamores

Ruas dos passos livres

Que continua livremente, sempre, eternamente,

a viver no mundo de rumores.

Mundo



Mundo
Mundo grave, profundo
Mundo feio, mundo imundo
Mundo vivo, plano fértil
Mundo cheio, calmo
Mundo corrupto
Mundo absurdo
Mundo dos mundos
Mundo que gira em um segundo
Mundo desigual
Mundo sem igual
Mundo perfeito, mas não excelente
Mundo dinâmico, mundo ativo
Mundo dos descendentes
Mundo dos vivos, na madrugada dos mortos
Mundo que espera
Por um olhar de criança, que traga paz ao coração dos homens
Mundo que não enxerga
Um pequenino com fome,
clamando por um pedaço de pão
Mundo que vê...
Pessoas comprando ilhas,
e não sabendo mais onde gastar o dinheiro
Mundo que espera ser melhor,
por pessoas que talvez nem se importem com ele
Mundo esperançoso
Mundo, mundo.

domingo, 25 de abril de 2010

Meu amor

É mais difícil escrever quando é pra mim
Ouço você dizer
Não quero pensar o estrago que fiz
O que te causei
A dor que sentiu e me transmitiu
Quero que seja feliz
Como eu sou feliz quando estou perto de ti
As coisas ficam mais fáceis entre nós
Tu és a minha inspiração
Por você quero cantar e falar que sou "eu mesma"
Em todos os momentos
Nunca quero que me esqueça
Não me deixa aqui
Eu realmente preciso de ti
Pra escrever
Pra dizer que sou feliz, eu ouso dizer
Que te amo.